(Foto: Arquivo pessoal)
A professora Fabrina Moreira Silva defendeu no dia 19 de maio, a sua tese de doutorado intitulada “A trans-historicidade do conhecimento científico na crítica socioepistemológica da ciência, de Pierre Bourdieu”. A apresentação aconteceu na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
O trabalho é um estudo que começou em 2006 no início do mestrado quando teve contato mais pensadores da filosofia da ciência, área que Fabrina sempre gostou, conhecendo entre eles, o sociólogo Pierre Bourdieu. “Eu me encantei muito e foi um tema que eu disse ‘nossa é isso que eu quero estudar'”, porém ela não pode desenvolvê-lo no mestrado de filosofia por Bourdieu ser considerado um pensador da área de sociologia.
Mais tarde no doutorado, o orientador Prof. Dr. Antonio Jose Romera Valverde aceitou seu estudo de Bourdieu sobre o último curso ministrado por ele, intitulado Science de La science et reflexivité (Ciência da ciência e reflexividade), no Collège de France no ano universitário 2000-2001.
“O objeto de estudo é este curso, ele fala da ciência e vai tratar temas da filosofia da ciência e da sociologia da ciência. Toda a minha tese, apesar deste título, subjaz um lugar que eu quero chegar: o Bourdieu é um filósofo na sociologia”, explicou.
A professora teve a oportunidade de participar do Programa de Doutorado-sanduíche no Exterior (PDSE) oferecido pela CAPES, no qual ficou um ano na França, estudando o pensador. “Lá em Paris não tem essa distinção entre filósofo e sociólogo, ele faz filosofia e faz sociologia também”.
“Eu tive de defender mesmo a minha visão porque eles foram um pouco resistentes em relação ao Bourdieu filósofo”, afirmou Fabrina, que teve a duração da defesa de 4h.
Da esquerda para a direita os professores: Edelcio de Souza, Eda Tassara, Antonio Valverde, Fabrina Moreira, Lafayette de Moraes, Marcelo Perine, Márcio Fonseca, e o pai de Fabrina, Benedito Moreira (Foto: Arquivo pessoal)
A banca examinadora foi composta por cinco professores: Prof. Dr. Antonio Jose Romera Valverde (Orientador – PUC -SP), Prof. Dr. Edelcio Goncalves de Souza (Examinador – USP), Profª. Dra. Eda Terezinha de Oliveira Tassara (Examinadora – USP), Prof. Dr. Marcelo Perine (Examinador – PUC-SP) e Prof. Dr. Márcio Alves da Fonseca (Examinador – PUC-SP).
A defesa teve a presença de um convidado especial, o professor aposentado da PUC-SP, Lafayette de Moraes, especialista em lógica no Brasil. A professora teve o apoio do pai, Seu Benedito Moreira e a professora de graduação de Fabrina, Cecília Pescatore Alves (PUC-SP).
Na Faculdade Dehoniana, Fabrina é professora da graduação em Filosofia em que ministra as disciplinas Sociologia II e Metodologia da Pesquisa Filosófica.
Ela também ministrará o próximo Café Filosófico do dia 26 de junho, com o tema: “Reflexões filosóficas sobre a ciência: aspectos sociológicos, antropológicos e epistemológicos” que abordará as reflexões elaboradas pelo pensador Pierre Bourdieu. Você pode ver mais informações aqui.