O Prof. Pe. José Knob, scj foi uma figura marcante para história da Faculdade Dehoniana. Ainda como Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus (ITSCJ), ele atuou por aproximadamente 40 anos, dedicando-se ao magistério nesta instituição.
Pe. Knob nasceu em 11 de outubro de 1940 e faleceu após completar seus 83 anos, em 14 de outubro de 2023. Antes de falecer, o ex-docente deixou anotado seus pensamentos e memórias a respeito da história da Dehoniana, quando foi convidado a participar do minidocumentário do centenário da instituição. Infelizmente, Pe. Knob veio a falecer antes da gravação da entrevista.
As anotações foram transcritas pela ex-aluna e afilhada do professor, Maísa Campos. Confira:
– Quais memórias você tem em relação ao Instituto de Teologia?
“Nos anos 70, quando comecei a lecionar, ainda era uma modesta escola de Teologia, destinada a formar funcionários do sagrado. No fim dos anos 70, a escola foi reconhecida pela PUC do Rio de Janeiro. Com isso, o nível dos estudos subiu devido a cobrança da PUC, tornando-se, assim, Instituto Teológico. A partir daí, mais e mais instituições religiosas e dioceses enviaram seus candidatos para serem formados pela Dehoniana. No fim dos anos 90, o Instituto foi reconhecido pelo MEC. Era mais um passo para um estudo mais sério da Teologia.”
– Quais matérias você lecionou por aqui? Em qual período?
“Matérias que eu lecionei: Epistemologia teológica, Teologia Fundamental da Revelação Divina, Cristologia, Trindade, Escatologia, Eucaristia e Teologia da ordem e ministérios. Ocasionalmente, Antropologia e Teologia da Graça.”
– Como eram os alunos na época?
“Os alunos da época tinham um fraco [inelegível] com de hoje: uns passavam pela Teologia, não estudavam. Em todos o caso, o nível intelectual subia.”
– Quais professores trabalharam com o senhor ao longo dos anos?
“Professores colegas de magistério: Dom Eusébio, Dom Couto, Darcy Dutra, Armindo Kunz, Maria Antônia, etc…”
– Quais mudanças o senhor presenciou aqui na Faculdade?
“Mudanças: Aumento do número de alunos e a elevação do nível intelectual.”
– Quais as principais perspectivas teológicas da época (mudança proporcionada pelo Concílio Vaticano II)?
“Formar não só funcionários do Sagrado, mas ser evangelizados e evangelizadores. Uma Teologia encarnada no tempo e no espaço, uma Teologia aberta para os problemas do homem de hoje…”