Prof. Dr. Silvio Luiz da Costa, docente no curso de Filosofia da Dehoniana, explica a crise política (Foto: Kas Hoshi)
O segundo dia da Semana Teológica-Filosófica na Faculdade Dehoniana contou com a participação do Prof. Dr. Silvio Luiz da Costa tratando do tema “Crise política“. Silvio tratou de levantar reflexão sobre a palavra crise e seu significado perante a filosofia. Ele utilizou o teólogo Leonardo Boff para explicar que a crise é “sintoma daquilo que está vivo”.
Boff diz que ela é ” necessária a todo processo de vida, porque este processo jamais é linear, mas se dá por rupturas e novas retomadas”. O professor Silvio explica que quando ela acontece, “você tem a necessidade de gestar o novo”, já que o “caos representa o momento de criação”.
Logo após ele passou um exercício dinâmico aos alunos e convidou os professores Fabrina Moreira da Silva, Maurílio José Oliveira Camello, e Padre Cleber Sanches para comporem uma mesa redonda e exporem suas opiniões acerca do tema.
Prof. Dr. Moacir José dos Santos, docente na Unitau, fala sobre as consequências da polarização para a população (Foto: Kas Hoshi)
Às 10h30 o Prof. Dr. Moacir José dos Santos falou a respeito do tema “Polarização política“. Ele afirmou que a polarização desvia o olhar da população de assuntos importantes, como a discussão sobre corrupção, tornando o cenário favorável para os políticos.
“Falar sobre a corrupção é um modo de mascarar aquilo que realmente importa, que são os investimentos públicos.” Moacir exemplificou com o orçamento para o ano de 2015 que teve R$ 2,86 trilhões disponíveis e que mais de um terço seria destinado às dívidas que o país possui com os bancos. “Isso [a dívida] não é discutido”, comentou o professor.
A Semana Filosófica está na sua 12ª edição e vai até amanhã que contará com uma programação cultural dedicada a todos os alunos. Ela foi organizada pelos alunos Douglas Furtado Gonçalves, Henrique Lourenço, João Paulo Souza dos Santos, Lundwig Gomes Santana, Marianne Monteiro da Costa Vale de Oliveira, Marina Paula Garcez Bayer é realizada juntamente com a Semana Teológica.
Da esquerda para a direita: Henrique Lourenço, João Paulo Souza dos Santos, Lundwig Gomes Santana, Marina Paula Garcez Bayer e Douglas Furtado Gonçalves (Foto: Kas Hoshi)
O tema Política: Fatos e convicções foi selecionado para a Semana pois, como conta Lundwig, aluno do 2º ano de filosofia, “este ano foi muito confuso e perturbado no cenário político”. Para formular o evento eles utilizaram como base Aristóteles e Platão.
“Aristóteles dizia que ‘todo ser humano é um ser político’ e Platão dizia mais ou menos na linha de que ‘se você não gosta de discutir política, vai ter alguém que goste e que vai pensar por você'”, contou Lundwig.